segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Rimas


Eu vou fazer um negócio
que não gosto de fazer.
Você pode pensar que é ócio,
mas já sabe o que vai ser.


Por que fazer o que não gosto
e não o que me dá prazer?
Já que aqui sou eu que posto
faço o que bem entender.


Estou em tempo de descobertas
e aprendendo a fazer de tudo.
Nem sempre em linhas certas:
é assim que estou vendo o mundo.


Aprendi que devemos fazer esforço
pra ver de novo alguém sorrindo.
Enquanto o meu por enquanto é esboço
o teu ainda é o mais lindo.


Nem sempre só oito beijos basta
para conquistar uma pessoa.
Assim como um dente não vive só de pasta
não podemos viver só de lagoa.


A vida é um imenso mundo
que pra dar uma volta é só dançar lambada.
Pois até que dure um segundo
quero está com você no fim da estrada.


Se persistir em um erro é burrice
ainda bem que tolo Deus me fez.
Pois quero provar sem malandrice
que o erro pode se tornar certo de vez.


Vou tentar até algo que me jogue ao chão
ou que me reduza.
Seria exagero? Não,
mas eu te entendo Cazuza.


Nesse meu novo momento
vejo que preciso muito mudar.
Não como um vento violento
e sim, fino, como uma brisa no mar.


A melhor forma de fazer isso
é sempre olhando para dentro.
Buscando quase como um feitiço
maneiras de transformar o tormento.


Então é ai que vejo
que dentro de mim uma coisa só encontro:
com vontade, com desejo
um homem querendo estar pronto.


Sei que é como acreditar em velhinho e coelho
que algum dia eu possa me ver.
Eu teria que engolir um espelho,
pois quanto mais olho pra mim, mais vejo você.


Tempos de crescimento. Por mais adversa que seja a estação.

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